NFTs se tornaram populares, mas eles já estão entre nós desde 2015. Agora para facilitar um pouco o que é um NFT: imagine que você tem uma casa avaliada em 1 milhão de reais e outras duas avaliadas em 500 mil cada uma e essas 3 casas estão no mesmo quarteirão, imaginou? Por mais que o valor das 2 casas seja igual ao da primeira elas são diferentes e únicas, da parte interna e externa. Essa é a principal característica de um NFT, ou Token Não Fungível, sua unicidade por mais que possam ser geradas em edições, seus códigos de referência são únicos, como por exemplo um Print de alguma obra serializada.
Antes de entrar no assunto NFT, precisamos conhecer o básico sobre criptomoedas. Acho que neste ponto você já deve ter visto bastante coisa sobre Bitcoin, mas além dele existem outras conhecidas como Altcoins, Alt de alternativa como Ethereum e Tezos.
O Bitcoin abriu um novo campo tecnológico nos quesitos segurança e anonimato. Para sua existência foi necessária a criação de uma Blockchain.
De forma básica a Blockchain é como uma corrente, onde cada negociação se torna um novo elo imutável no qual pode ser apenas acrescentado. De forma abstrata, podemos comparar com um imenso livro caixa.
Dentro da Blockchain existe uma vertente chamada de Smart Contracts incorporada de forma mais recente por volta de 2015 com a rede Ethereum e posteriormente em outras Altcoins como Tezos e a Ripple.
Um NFT é um elo na Blockchain que utiliza da abundância tecnológica dos Smart Contracts para a autenticação das obras criadas.
NFT ou Token não fungível ganhou os holofotes por conta da obra do artista Beeple arrematada por 69 milhões de dólares, abalando o mercado por ser considerado o arquivo digital mais caro do mundo.
Qualquer pessoa pode fazer uma cópia do arquivo já que estão disponíveis na internet mas a grande jogada está nos Smart Contracts que fazem a autenticação de quantas cópias podem ser distribuídas e quem são os verdadeiros detentores de determinado arquivo.
Os maiores beneficiados da tecnologia são: Artistas visuais, Músicos, Programadores e empresas que utilizam a tecnologia na autenticação de documentos.
Um NFT é um arquivo digital de imagem, som, vídeo, texto ou software e podem ser únicos ou em edição limitada.
Os Smart Contracts são referentes à especificação do protocolo ERC20 criado na rede Ethereum e adotada por outras Altcoins. Atualmente essa moeda é a mais utilizada em fluxo do mercado e adotada pela maioria das plataformas de publicação de NFT.
Outra moeda que compartilha do mesmo protocolo é a Tezos.
Para iniciar com NFTs o artista precisa ter uma carteira digital compatível com a plataforma escolhida e uma corretora de criptomoedas.
Existem muitas plataformas disponíveis como Marketplaces de arte e são classificadas em 3 categorias: Curadoria: São plataformas na qual seu cadastro será analisado por um corpo curatorial interno na plataforma; Convite: Após um grupo seleto de pessoas ingressaram na plataforma e realizarem sua primeira venda, a plataforma disponibiliza um convite para chamar outros artistas; Livre: Qualquer pessoa pode entrar para iniciar e a cada venda é retirada uma pequena comissão.
Uma dúvida que se torna frequente são os custos que existem na publicação do NFT, dependendo da plataforma e da criptomoeda pode variar de 0.15 centavos de dólar até 50 dólares que é chamada de Gás.
O Gás é uma taxa de rede que pode ser comparada à uma taxa de escrituração em cartório para inserir sua obra no Blockchain.
A publicação das obras é dividida em 3 partes: Após realizado o cadastro na plataforma, normalmente vincular sua carteira digital, antes de publicar seu primeiro NFT é necessário assinar o Smart Contract com uma pequena taxa de gás solicitada apenas uma única vez; A segunda parte é o custo do Mint. Mint é o nome dado a publicação da obra, nesse processo é a parte que você realiza o cadastro da obra. Dependendo da plataforma essa etapa é gratuita; E a última parte se chama Swap. Swap é quando sua obra é precificada e disponibilizada como um elo na Blockchain onde o colecionador poderá adquirir sua obra e nesta etapa a taxa de gás costuma ser maior.
Dependendo da plataforma e da criptomoeda utilizada é importante saber que a economia dos NFTs são um pouco diferentes do mundo real, já que estamos tratando diretamente de ativos digitais, ou seja, uma fotografia da sua pintura ou desenho e um vídeo de uma escultura pode ser tornar um NFT comercializável.
Vale lembrar que o arquivo digital pode ter um valor mais atrativo, podendo ser acima da obra original ou abaixo para entusiastas e colecionadores NFT profissionais.
A parte mais incrível desse mercado é sua serialização, no qual fotógrafos já estão familiarizados com tiragens das obras.
Vale lembrar dos conceitos de escassez, ou seja, quanto menor a tiragem mais alto o valor e vice-versa.
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