A pandemia acelerou a transição do mercado de arte para as vendas remotas. Colecionadores agora utilizam ferramentas como simuladores de realidade aumentada e salas de visualização online para ver e adquirir obras à distância. Uma das inovações mais recentes é a inteligência artificial (IA), que está mudando a forma como o mundo da arte digital funciona.
Ferramentas de IA, como modelos de linguagem (LLMs) e geradores de imagens, podem sintetizar grandes quantidades de dados, automatizar tarefas repetitivas e criar novas expressões artísticas. Artistas como Sougwen Chung e Anna Ridler já incorporaram a IA em suas práticas artísticas, enquanto o mercado de arte está adotando essas tecnologias para melhorar a eficiência.
A IA tem sido um recurso valioso para pesquisas, especialmente na tradução de textos. Ela ajuda a entender diferenças linguísticas e históricas, como a romanização do coreano para o inglês. A IA também é usada para garantir que a comunicação com artistas seja adequada e respeitosa, considerando a idade e geração dos destinatários.
Apesar desses avanços, muitos preferem confiar em sua experiência e na colaboração com os artistas para tomar decisões sobre preços. Outros veem potencial na IA, mas estão cautelosos quanto à substituição do pensamento humano original em trabalhos curatoriais.
A IA é valiosa para minerar e extrair dados, agilizando a preparação de catálogos e trabalhos especializados. Ela também ajuda a entender o comportamento dos colecionadores e as tendências do mercado, mas a interpretação manual ainda é crucial.
A adoção da tecnologia não é uniforme no mundo da arte. É importante considerar regiões com menos acesso à tecnologia e a necessidade de buscar informações de outras fontes.
Alguns acreditam que a IA pode democratizar o acesso a informações do mercado de arte e ajudar na tomada de decisões sobre aquisições. Novas plataformas oferecem previsões de crescimento para artistas em início de carreira e notificações sobre artistas e galerias de interesse.
Apesar das limitações de dados públicos sobre vendas no mercado primário, a IA tem o potencial de aumentar a transparência e a compreensão do mercado de arte. Há preocupações com a complexidade e volatilidade do mercado, mas a longo prazo, a IA pode se tornar uma ferramenta viável.
Em resumo, a IA está colaborando com o mercado de arte, oferecendo novas possibilidades e ferramentas. A IA pode ser comparada a um colega inteligente que está sempre presente, ajudando a melhorar o trabalho sem substituí-lo completamente. À medida que a tecnologia avança, a IA se tornará uma parte integral do mundo da arte, trabalhando em conjunto com humanos para impulsionar a criatividade e a eficiência.
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