Durante seu reinado, Filipe II(segundo) ordenou a construção de uma fortaleza com uma grande cerca envolta da cidade à direita do rio Sena.
Essa construção continha 10 torres de defesa em formatos quadriláteros, mas vamos para torre de menagem. Uma torre de menagem é o centro de uma fortaleza, servindo como recinto habitacional do castelo. A torre descrita tinha 31 metros de altura e 19 metros de largura.
Não se sabe ao certo a derivação de seu nome. Alguns dizem que surgiu da palavra em latim Lupara, do termo Lupus que quer dizer lobo ou da palavra franca leovar ou leower, que significa “lugar fortificado”, de acordo com historiador francês Henri Sauval.
Com tempo e a sofisticação linguística, tornou-se: Louvre.
3 reinados depois, Filipe III(terceiro - o ousado) realizou uma grande ampliação na torre e perdeu seu fim defensivo, dando início ao Palácio Real.
O Palácio do Louvre se tornou um ponto de luxo da corte com a transferência das riquezas reais, com a construção de uma biblioteca e também se tornando um ponto para experimentos arquitetônicos menores.
Em 1528 a torre foi destruída e em 1546 o arquiteto Pierre Lescot reestruturou todo o local com grande influência da arquitetura Italiana e bastante uso da simetria, para como conhecemos hoje.
Em 1682 a corte de Luís XIV se mudou do Palácio do Louvre para o Versalhes, mas o Louvre continuou sendo a sede formal do governo até o Antigo Regime absolutista, que terminou durante a Revolução Francesa.
A partir de 1692 o Palácio do Louvre foi invadido por academias de pintura, escultura e ciências. Se tornando também alojamento para artistas, imigrantes e moribundos, virando uma bagunça, o que o fez ir perdendo toda sua dimensão simbólica monárquica.
Em 1789, o Conde d’Angivillers, ministro das belas Artes de Luís XIV propôs a revitalização para adicionar ao Palácio do Louvre um museu. A proposta ficou nas mãos do estado após a revolução francesa, e pouco tempo depois foi aprovada.
Como ponto de partida exibindo coleções nacionais, bens confiscados do clero e exilados italianos, em 1790 deu-se o início da criação de um inventário para evitar a destruição de obras presentes no museu por seus residentes alojados e em 1792 as academias e alojamentos foram retirados das dependências do Palácio - retornando mais tarde com um modelo mais sofisticado e organizado.
No mesmo ano, foi instituída a comissão do museu visando de forma pedagógica a idéia de um local cívico e aberto para todos, a abertura oficial foi um fracasso em 1793, por conta dos seus responsáveis, a crítica os julgou como incapazes de criar uma coleção decente.
Após uma nova reestruturação em 1794 o museu foi reaberto, com novas coleções de apreensões revolucionárias, lembra da revolução francesa? As produções durante este periodo foram colocadas no Museu e da mesma forma a comissão museal continuou a ser criticada.
Por conta das duras críticas o museu começou a propor de novo reestruturações em sua parte histórica, acervuária e museológica.
Por curiosidade o Museu do Louvre foi considerado um dos menos seguros do mundo até o início do século 20.
Em 1911 por incrível que pareça a segurança do Museu era tão precária que até a Mona Lisa foi roubada e um dos suspeitos foi o poeta Guillaume Apollinaire e outro amigo de Montparnasse, bairro da bohemia parisiense.
Essa história fez com que a obra se tornasse conhecida.
O verdadeiro ladrão foi um Italiano, Vincenzo Peruggia que alegava ser patriota e queria os tesouros italianos de volta ao seu país.
Depois dessa dose de história museal, com um Louvre já estabelecido e da forma que conhecemos, com a pirâmide de vidro do arquiteto Ieoh Ming Pei construída em 1987 e por curiosidade contendo 673 painéis de vidro e não 666 como diz a lenda.
Em 2005, a instituição convidou o artista brasileiro Tunga para criação de uma instalação temporária, sendo essa a primeira vez que o museu aderiu ao estilo dentro de suas dependências.
Já que a instituição é conhecida por manter um acervo mais conservador à sua história.
A instalação se chamava À la lumière des deux mondes - A luz de dois mundos, e foi montada na parte com maior circulação de visitantes, logo abaixo da pirâmide de vidro. A obra contém dimensões astronômicas de 9 metros de altura, 7 metros de largura e 8 metros de àrea, pesando em torno de 3 toneladas, é feita de ferro, aço, bronze e resinas epoxi.
A obra retrata um corpo inerte como uma marionete em um repertório de elementos conjuntivos que ao se separar de certa forma se mantém conectados através de seu manipulador, a tensão vista dentre as hastes propõem a ilusão de que a marionete sustenta seu próprio corpo, tornando elementos externos conectivos, às vezes invisíveis.
No ano seguinte o artista inaugura a Galeria True Rouge em Inhotim, Minas Gerais e mais tarde em 2012 a Galeria Psicoativa.
No mesmo ano da abertura da Galeria Psicoativa, remontou suas instalações mais conhecidas, incluindo a exposta no Louvre.
Em 1993 foi concluída a pirâmide inversa, que marca a segunda fase de uma revitalização do Museu iniciada em 1984.
Essa anti-escultura, irmã menor da pirâmide principal ficou conhecida por conta de um thriller de conspiração e se torna ponto de sinalização para entrada subterrânea do: Museu do Louvre, o Centro de Convenções e ao Shopping.
O espaço subterrâneo é chamado de Le Carrousel du Louvre. No centro de Convenções anualmente é realizado o Art Shopping fundado em 2008, uma feira de arte contemporânea conhecida por levar o nome do Museu.
A feira é um atrativo para muitos brasileiros, desde artistas à galerias e produtores culturais com a proposta de expor no Louvre.
No Carrousel é possível ver a fundação medieval restaurada fazendo um contraste com a modernidade.
Cadastre seu e-mail e receba novidades mensais da Binaria diretamente por e-mail!