Diria que a minha arte é inquieta, fruto da premência de expressão. Arte naif, ingênua, primitiva, isenta da técnica acadêmica, descompromissada de mensagens conscientes.
Não sei dizer quando tudo começou porque essa comichão é antiga dentro de mim, por isso, talvez, contrariando o velho ditado, “eu pintava… Mas não bordava”.
Só sei que, depois de décadas desenhando e pintando para crianças e para mim mesma, resolvi me aventurar e mostrar minhas produções.
Não costumo pintar o que está pronto aos meus olhos, prefiro desenhar minhas fantasias e os conteúdos imaginários que me habitam. Minhas figuras inanimadas me divertem e o que as pessoas veem me divertem mais ainda.
Cada tela nasce da escolha de uma cor ou da espontaneidade de um traço despreparado que vai se reproduzindo em estruturas de engajamento instantâneo.
Sem parâmetros simétricos, formalidades esteticamente aceitáveis ou preocupação com o resultado.
Trata-se de um exercício sensório-cognitivo prazeroso, as imagens estilizadas vão surgindo e a proposta figurativa é apenas sugerida sob formas não convencionais. Não tenho dúvidas que recriamos o que vemos, sendo assim, a arte é uma forma de comunicação e de estimulação sensorial incrível. Seria maravilhoso se eu conseguisse, através desse trabalho, colorir um momento da vida das pessoas, brincar com a imaginação delas e reconduzi-las a um espaço divertido dentro de si mesmas.
2018
2019
2020
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